segunda-feira, 1 de março de 2010

A dancer, not a human.

quem olha de relance pra essa menina que vos escreve, logo tem a impressão de um ser fechado em si, sem muita graça ou ternura. Digna de ser chamada de fria.
Deus, mas que engano!
Aqui vive uma alma, que não quer ser uma, apenas. Por isso vivo na angústia de poder ser várias, ao mesmo tempo.
Foi daí que me apareceu a dança que, na verdade, sempre esteve guardada dentro de mim, na espera de uma brechinha para se fazer presença constante.
Lembro que eu era ainda muito pequena, três anos, mais ou menos, disse pra minha mãe que queria ser bailarina. Sem saber muito bem do que se tratava, só com a noção de que teria que dançar pro resto da minha vida. E aquilo me deixava feliz.
Poder sonhar com o dia em que ficaria nas pontas dos dedos, saltando e flutuando pelo ar, como aquelas mulheres que pareciam leves como pena em um palco repleto de luzes e sonhos se realizando.
Agora, quase treze anos depois de ter feito aquela declaração à minha mãe, vejo que esse ainda é meu sonho. Embora tenha ainda a ideia fixa de vestibular e carreira bem sucedida que meus pais e professores vivem a fazer brotar em minha mente, ainda é meu sonho flutuar leve como pena em palcos do mundo todo, levando a mensagem de que sim, é possível fazer virar realidade.
E continuo indo à luta, em busca de fazer das dores nas aulas de alongamento meu sustento. Das vertingens das piruetas, minhas viagens à mundos distantes. Onde só existe a dança e a música da alma, que faz dançar.

na foto: Tatiana Leskova. Inspiração!

Um comentário:

Bianca Caroline Schweitzer disse...

boo. e aparece uma nova seguidora, embora ela só tenha lido essa última postagem... ._. ainda?